segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Tecnologia ou metodologia?



De acordo com José Armando Valente a educação tem como base o meio de produção e de serviço, os quais estão em constante transformação, por exemplo iniciou-se com o sistema de produção artesanal, trabalho demorado, de qualidade, mas no final o produto custava caro, assim se igualava a educação da época, sendo para poucos (adequada para quem podia pagar, ou seja os nobres), posteriormente surgiu a produção em massa, a qual foi idealizada por Ford, ela tinha por prioridade a quantidade e não a qualidade do produto, tornando o produto final mais acessível (baixo custo), assim como os itens da produção em massa a educação se tornou alcançável para população mais desprovidas de bens, mas não obtinha qualidade, onde o aluno apenas decora o conteúdo, sem aprendizagem. Apareceu posteriormente a produção enxuta, ela combinava as vantagens da qualidade da produção artesanal, com o baixo custo da produção em massa, sendo assim a educação deveria passar de apenas “reprodução” para o “aprender a aprender”.
            Professor Becker relata no livro A epistemologia do professor, o resultado de diversas pesquisas realizadas por ele com professores que lecionam no estado do Rio Grande do Sul, concluindo que a epistemologia mais frequente utilizada por professores em sala de aula é a empírica, também chamada de tradicional, que seria o ensinar a partir da repetição e da reprodução, sem o real entendimento por parte dos alunos, tornando assim o professor um mero treinador autoritário, criando um ambiente escolar sem criatividade.
            Pode-se dizer que por causa dessa maneira de ensinar surgiu a necessidade de transformação na educação, nasceu assim a chamada “escola nova”, com pilares no construtivismo e no construcionismo.
             O construtivismo tem como base a linha de pensamento do Suíço Jean Pieget , o qual tem o método que procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas. Esse método enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota do aprendizado.
            O Construcionismo é uma proposta de Symour Papert, sendo uma reconstrução teórica a partir do construtivismo piagetiano, o qual Papert concorda com Piaget, em que a criança é um ser pensante e construtora de suas próprias estruturas cognitivas, mesmo sem ser ensinada. O trabalho construcionista implica na meta de ensinar, de forma a produzir o máximo de aprendizagem com o mínimo de ensino.

É um movimento de educadores europeus e norte-americanos, organizado em fins do século XIX, que propunha uma nova compreensão das necessidades da infância e questionava a passividade na qual a criança estava condenada pela escola tradicional. Também conhecida como Educação Nova, a Escola Nova tem seus fundamentos ligados aos avanços científicos da Biologia e da Psicologia. Pode-se afirmar que, em termos gerais, é uma proposta que visa a renovação da mentalidade dos educadores e das práticas pedagógicas. O pedagogo Célestin Freinet foi um dos defensores dessa concepção de educação. Já o educador e pensador Jean Piaget optou pela chamada Escola Ativa, uma corrente da Escola Nova.” (MENEZES,2001)
            Pose-se concluir que sem uma metodologia adequada, não adiantará em nada mudanças na sala de aula, como aplicação de tecnologias, se o método continuar sendo tradicional, permanecerá enfadonho.

           

REFERÊNCIAS:
- http://www.educabrasil.com.br/escola-nova/
- http://www.escolanova.com.br/ed_inf/metodologia.asp



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