De
acordo com José Armando Valente a educação tem como base o meio de produção e
de serviço, os quais estão em constante transformação, por exemplo iniciou-se
com o sistema de produção artesanal, trabalho demorado, de qualidade, mas no
final o produto custava caro, assim se igualava a educação da época, sendo para
poucos (adequada para quem podia pagar, ou seja os nobres), posteriormente
surgiu a produção em massa, a qual foi idealizada por Ford, ela tinha por
prioridade a quantidade e não a qualidade do produto, tornando o produto final
mais acessível (baixo custo), assim como os itens da produção em massa a
educação se tornou alcançável para população mais desprovidas de bens, mas não
obtinha qualidade, onde o aluno apenas decora o conteúdo, sem aprendizagem.
Apareceu posteriormente a produção enxuta, ela combinava as vantagens da
qualidade da produção artesanal, com o baixo custo da produção em massa, sendo
assim a educação deveria passar de apenas “reprodução” para o “aprender a
aprender”.
Professor Becker relata no livro A
epistemologia do professor, o resultado de diversas pesquisas realizadas por
ele com professores que lecionam no estado do Rio Grande do Sul, concluindo que
a epistemologia mais frequente utilizada por professores em sala de aula é a
empírica, também chamada de tradicional, que seria o ensinar a partir da
repetição e da reprodução, sem o real entendimento por parte dos alunos, tornando
assim o professor um mero treinador autoritário, criando um ambiente escolar
sem criatividade.
Pode-se dizer que por causa dessa
maneira de ensinar surgiu a necessidade de transformação na educação, nasceu
assim a chamada “escola nova”, com pilares no construtivismo e no
construcionismo.
O construtivismo tem como base a linha de
pensamento do Suíço Jean Pieget , o qual tem o método que procura instigar a
curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar as respostas a partir de seus
conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas. Esse método
enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na
rota do aprendizado.
O Construcionismo é uma proposta de
Symour Papert, sendo uma reconstrução teórica a partir do construtivismo
piagetiano, o qual Papert concorda com Piaget, em que a criança é um ser
pensante e construtora de suas próprias estruturas cognitivas, mesmo sem ser
ensinada. O trabalho construcionista implica na meta de ensinar, de forma a
produzir o máximo de aprendizagem com o mínimo de ensino.
“É um movimento de
educadores europeus e norte-americanos, organizado em fins do século XIX, que
propunha uma nova compreensão das necessidades da infância e questionava a
passividade na qual a criança estava condenada pela escola tradicional. Também
conhecida como Educação Nova, a Escola Nova tem seus fundamentos ligados aos
avanços científicos da Biologia e da Psicologia. Pode-se afirmar que, em termos
gerais, é uma proposta que visa a renovação da mentalidade dos educadores e das
práticas pedagógicas. O pedagogo Célestin Freinet foi um dos defensores dessa
concepção de educação. Já o educador e pensador Jean Piaget optou pela chamada
Escola Ativa, uma corrente da Escola Nova.” (MENEZES,2001)
Pose-se
concluir que sem uma metodologia adequada, não adiantará em nada mudanças na
sala de aula, como aplicação de tecnologias, se o método continuar sendo
tradicional, permanecerá enfadonho.
REFERÊNCIAS:
- http://www.educabrasil.com.br/escola-nova/
- http://www.escolanova.com.br/ed_inf/metodologia.asp